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Procurando o 44

Procurando o 44

A Terapia do Abraco!!!

26.06.15

Já não posso precisar de quem era o autor do livro, que dizia que o abraço era o acto de fazer amor em publico sem que ninguém percebesse. Que um beijo era algo físico. Mas um abraço...??? Um abraço vai para alem do físico. Um abraço são duas almas que se tocam, se reconhecem, se alegram com a presença uma da outra.

Um abraço e terapêutico!!! Já provaram que um abraço por mais de 20 segundos, faz ''milagres''. 

Abraçamos quem amamos!!! 

Não há nada melhor que um bom abraço, um daqueles bem apertadinhos, que nos faz sentir seguros e amados.

Na Irlanda não se vêem as pessoas, aos abraços. Porem, no decorrer do meu trabalho, percebi que todos gostamos de um bom abraço. Apenas alguns de nos, estão tão emocionalmente feridos que tem problemas em aceitar este contacto físico de puro Amor. Aprendi que se não estamos habituados a receber um elogio, ficamos sem jeito. Receber um abraço e exactamente igual. Vi e senti muita gente a ceder e a aceitar os meus abraços, como crianças que estiveram privadas, por tanto tempo, de tamanho gesto de Amor.

 As pessoas não estão habituadas a receber Amor Incondicional. Não estão habituadas a receber só porque sim. Só porque o Amor existe e pode ser partilhado. A Felicidade, não e completa se não for partilhada. Mas as pessoas não sabem disso, porque não são Felizes. A Felicidade não e mais do que a mesma energia da do Abraço - Energia de Amor!!!

Há muita coisa que a sociedade, que somos todos nos, não nos ensinou, apesar de já sermos crescidos. Achamos que cada um de nos, já sabe muito, devido a idade. E depois comete-se outro erro, alem desse, que e não admitir a culpa, com o medo de se ser visto como um ser inferior e vulnerável. O que acontece na vida e na mente de cada um de nos, e exactamente o contrario. Quanto mais humildes formos capazes de ser, mais corajosos vamos ser, para entre outras coisas, admitirmos a nossa ignorância e a nossa culpa. A culpa não passa apenas da falta de conhecimento.

Precisamos perceber que não conseguimos ser, aquilo que queremos ser. Somos aquilo que somos e não o que desejaríamos ser. (Por exemplo, não conseguimos ser mães, se queremos ser mães. Se queremos ser mães, então e porque ainda não o somos...logo não conseguimos ser mães, se já não o formos. Percebido??? )

Quando nos sentimos culpados, e essencial, saber perdoarmo-nos em primeiro lugar. Perceber que o conhecimento que temos no momento, não e igual, não e o mesmo, que tínhamos em relação ao momento da culpa. Para isso gostava que imaginassem um bebe. Que há coisas que naturalmente não sabe, e que por isso, bate com um brinquedo em si mesmo, aleijando-se. Ficariam zangados com o bebe? Claro que não. Porque sabem que ele não sabia fazer melhor e ate corriam para lhe dar amor e ver se ele precisava de algum cuidado físico. Culpa-lo-iam? Claro que não, com sorte ainda sorriam para ele e diriam:'' - Então, bebe???!!! Prontos, já passou!!!''

Precisamos de aprender a sermos tao cuidadosos connosco, como com ''esse'' bebe.

O erro comum dos seres humanos e acreditarem em todas as pessoas que lhes dizem que eles já deviam saber mais e melhor. Noutras palavras, que ja sao adultos e deviam saber tudo!!! Sejam essas pessoas, o Pai, a Mãe, o Professor, o Padre, o Medico, etc, etc. Eles estao errados!!!

Elas são apenas seres humanos como nos. Não sabem tudo e também erram. Não há seres perfeitos.

Jesus Cristo não era perfeito. Não o podia ser. Esteve preso a um corpo humano. Logo esteve tão condicionado como qualquer um de nos. Entre seus discípulos, antes de morrer, ele escolheu conferenciar com apenas três. Soube como poucos no mundo, o que era o verdadeiro Amor. E mesmo assim, sabendo o que o esperava chorou. Chorou com medo da dor. E rezou. Pediu ajuda. Mostrou as suas vulnerabilidades aos seus amigos, como qualquer Ser Humano. A dor serve tambem para isto, para termos consciencia da nossa condicao humana, mostrando assim humildade.

Com isto, quero dizer, que o erro dos homens, não e errar. Mas impedirmo-nos de aprender e assim evoluirmos com os erros, que naturalmente cometemos. Não nascemos para: Não Errar. Nascemos para: Errar e Aprender com os erros.

(Lembram-se de ja aqui ter dito que Ter e diferente de Ser? Que tudo o que se Tem, pode-se perder?)

Vejamos...

Nascemos para superarmos o erro de Ter Medo aprendendo a substitui-lo por sermos Seres Corajosos.

Nascemos para superar o erro de Ter Culpa aprendendo a substitui-lo por sermos Seres Misericordiosos, onde praticamos o perdão. (Corajosos também, portanto.)

Nascemos para superar o erro de Ter Vergonha aprendendo a substitui-lo por sermos Seres Verdadeiros, onde praticamos a verdade. (Corajosos também, no fundo.)

Nascemos para superar o erro de Ter Poder, Ter Posse, aprendendo a substitui-lo por sermos Seres Humildes, onde praticamos o desapego. (Corajosos também, sem duvida.)

Nascemos para nos descobrirmos a nos próprios; para nos aceitarmos na nossa imperfeição; para descobrirmos a nossa própria Luz; para descobrirmos o Amor Incondicional em nos, e depois, em tudo e todos, a nossa volta.

E difícil de acreditar, eu sei.

Por isso nos pedem para termos Fé, para Acreditarmos, para Confiarmos.

Com um dos meus Abraços...

Eu só peco uma coisa:

Permitam-se Ser Felizes!!!

(Acreditando ou não em mim.)

 

 

 

 

O dia em que morri (e ninguem deu por ele).

18.06.15

Aprendemos desde cedo, que nada sabemos da morte.

Que morrer e deixar os que mais gostamos numa outra realidade; enquanto nos partimos para o desconhecido. Podem ate existir livros sobre o tema, mas a verdade e que pouco nos interessa, porque falar dela e quase assunto tabu. Como que, se não falarmos, não acontece. Em vez de tentarmos saber mais sobre o desconhecido, que inevitavelmente nos espera a todos, preferimos não faze-lo, de forma totalmente consciente e medrosa. Na verdade, com medo de atrairmos o mal. Sim, porque bem no fundo de nos, sabemos que o mal atrai o mal; e que o bem, atrai o bem.

Porem, o que não percebemos, e que nos instalaram o medo da morte como forma de nos manter, na pura ignorância. E nada melhor que um homem com medo, ignorante, para ficar automaticamente controlado nos seus actos.

Percebi há pouco tempo que sou uma sortuda e muito mais inteligente do que alguma vez pensei, sobre a minha própria pessoa. E amo-me cada vez mais por isso. Perceber que escolhi esta vida para mim, sabendo que ia sair destes desafios, tão rica em conhecimento, fascina-me. Apetece-me agradecer e dar aquele meu abraço a mim mesma. E dizer a alta voz, bolas, estou tão orgulhosa de ti....Carla!

Por isso, faço-o.

Há pouco tempo, percebi que o Universo me deu um presente maravilhoso. Permitiu-me perceber o que era a morte, ainda em vida. Confesso que no inicio, ate eu, tive algumas duvidas, mas não tardou para ter encontrado as minhas certezas.

Morri quando Emigrei para a Republica da Irlanda.

Deixei para trás o meu filho aos cuidados dos meus pais.

Deixei para trás os meus pais e todos os meus amigos.

Deixei a minha casa, com tudo de material dentro.

Com uma mala de roupa, um marido e um carro, parti para o desconhecido.

Emigrei.

Morri.

Morri para todos os que ficaram em Portugal, como podia ter sido, um outro pais qualquer.

As suas vidas continuaram, como se nada tivesse acontecido.

Porque na verdade, para eles, não aconteceu.

Foi a minha vida, que acabou.

A vida que ate ai, eu conhecia.

A realidade que ate ai eu conhecia.

Escolhi emigrar. Em desespero emigrei.

Tal como um ser humano, que escolhe o suicídio.

Não para ver o que esta do lado de lá, não para morrer; mas antes para fugir da dor.

Queria mais e melhor, mas nao tinha forcas para lutar, contra o que já conhecia.

E lembro-me que quando cheguei a planear o meu próprio suicídio, os sentimentos eram os mesmos.

Queria mais e melhor, mas não tinha forcas para lutar, contra o que já conhecia.

Preferia tentar algo de novo e assim fiz.

Emigrei.

Do outro lado tinha alguém que me dizia o quanto era bom, o dinheiro.

E deste lado, agora, também digo, que sim.

Mas deste lado, percebi entretanto, que o dinheiro não e tudo.

E que depois de ter percebido isso, na pele, também, percebi, ainda a tempo, que o mais importante na vida e o equilíbrio. Em tudo.

Isto e o propósito da vida. A nossa capacidade de encontrar o equilíbrio.

Procurei por ele e estudei-o cuidadosamente. Percebi-o e conheci-o.

Fiquei alinhada com o Universo.

E exactamente por isto, percebi que aprendi a lição que era suposto aprender deste lado. Fui aprendendo outras, entretanto.

Caminhei mais um pouco, nesta escuridão, que eu própria escolhi e encontrei a Luz.

Ao longo de quase 10 anos, estive a aprender muitas coisas, que todas juntas, resultaram num novo ser humano.

Por isso, agora, quando todos já não conhecem a pessoa de há 10 anos atrás, porque na verdade ela já não existe, ja posso ''reencarnar'', ou melhor, regressar a ''casa'' para poder continuar a evoluir, enquanto ser humano.

E depois de ter explicado a morte, acabei de explicar o processo de reencarnação.

Nem a minha mãe me conhece mais; e já pouco sabe o que dizer.

Os amigos o mesmo. E ainda bem.

Vai ser mesmo um recomeçar de novo...ou quase.

Mas isso, não significa um caminho mais fácil. Apenas diferente.

A hora de partir aproxima-se, e as vezes, parece que o tempo vai voar; outras, que ainda falta tanto.

Desenganem-se, se vos dou a falsa impressão, que regresso pelos meus amigos, ou pelos familiares.

Regressarei apenas por mim, porque quero e basta.

As vezes, fazemos Skipe com os avos e com um par de amigos.

Todos os nossos familiares e amigos, se lembram de nos porque frequentamos a Igreja e o cemitério dos tempos modernos, o Facebook. Onde, também, consta a nossa foto e o nosso aniversario. Afinal vamos a esses sítios, para falarmos com os que já não estão entre nos, certo? Foi assim que me ensinaram, pelo menos.

Afinal, o Facebook e a prova viva que todos fazem questão de negar.

Todos adoram estar em contacto com o alem. Seja esse alem onde for.

Alem da nossa casa, da nossa vila ou cidade, do nosso pais, do nosso continente, da nossa realidade.

Mas a verdade, e que muito poucos tem a coragem de o admitir.

Percebi que da mesma forma que o Facebook (um programa que funciona como uma ponte social), sem conexão a internet, não funciona; tambem, eu só precisava de aprender a conectar-me ao lado de lá, para fazer de ponte.

Para isso, com humildade, pedi ajuda a alguém que sabia mais do assunto, do que eu. Alguém que hoje, eu chamo de meu professor e ele me chama de minha professora. Porque aprendi que todos somos professores e alunos de todos. Porque o que e preciso e ter a humildade de querer aprender. E não ter medo de errar, reconhecendo o erro, como parte da aprendizagem.

Sem qualquer ponta de pena de ninguém, mas com compaixão...

Um Abraço,

De mim.

 

 

 

 

 

 

Fe...? Sim, mas nao em Deus!!!

11.06.15

Que viagem esta!

Que escola esta!

Continuo a achar-me e a descobrir novas coisas de mim própria, que jamais imaginei. Continuo a aprender sobre mim e a perceber que cada vez mais, o que ontem eu dava como certo, hoje deixou de o ser. Evoluo a cada dia, e cada dia, mais rápido. E quanto mais aprendo, mais quero aprender. Nunca pareço estar saciada de conhecimento. E a verdade e que estou a adorar.

Nos últimos meses, percebi que perdi a Fé em Deus ou no Universo, se preferirem.

Aprendi que Fé e o acto de acreditar em algo que não se vê, não se cheira, não se apalpa, não se sente o paladar, não se ouve. Algo em que os nossos 5 sentidos não detectam.

Aprendi que o Milagre e o acto de acontecer algo, para o qual o Ser Humano não tem explicação.

Descobri que tenho um sexto sentido, como todos os outros seres humanos, a INTUIÇÃO.

Acredito que intuição e algo que esta em nos, ainda que uns usem mais do que outros, e que apesar de não  podermos explicar, poucos negam a sua existência, mesmo não lhe dando o devido valor.

Agora vou escrever a mesma frase, mudando apenas uma palavra:

Acredito que Deus e algo, que esta em nos, ainda que uns usem mais do que outros, e que apesar de não podermos explicar, poucos negam a sua existência, mesmo não lhe dando o devido valor.

E foi assim que deixei de ter Fé em Deus...

Pelo facto de que não poder dizer mais: que acredito, ou não acredito, em Deus.

Descobri que Ele esta em mim, tal como a minha intuição.

Eu não acredito....EU SINTO-O EM MIM! (e não só....!)

E quanto mais eu me permito intuir, mais eu O sinto.

Nunca antes eu pensei em estar a escrever o que acabo de escrever hoje.

Nunca antes eu pensei em sentir o que tenho sentido.

Afastei-me completamente de qualquer religião, e acabei por me encontrar, e encontrar a religião em mim.

Uma das minhas alunas dizia-me, há umas semanas, que estava a adorar esta viagem, mas que tinha medo. Medo, que como eu, também viesse a passar para ''o lado de la''. Para o lado negro dizia-me ela.

E assim, que aqui na Ilha eles vêem as coisas...

Ri e respondi-lhe: Eu cá acho que encontrei a Luz, mas sei que para quem não esta habituado, a Luz pode cegar, fazendo parecer que e uma coisa ma.

Ela ficou a analisar a minha resposta, acabando por me contar dois casos de pessoas que acabaram por encontrar....a Luz, ao fundo do túnel.

Ela tinha percebido!!! Percebido que para nos encontrarmos a nos próprios, a dor e sempre inevitável. Não uma dor qualquer, mas uma dor quase insuportável. Daquelas que fazem arder por dentro. Daquelas que nos fazem querer fugir. Desistir.

Chamo-lhe a Dor do Abandono.

Ninguém tem Fé, em algo que sabe existir. Ninguém tem Fé, naquilo que sente.

Descobri que sim, tenho Fé, mas apenas quando não tenho certezas.

Se tenho certezas, não posso ter Fé.

Quem sabe, não crê.

Fe...? Sim, mas nao em Deus!

 

 

 

 

 

 

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