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Procurando o 44

Procurando o 44

O Meu Encontro Com o Ser Maior!

18.09.15

Tudo na vida e' um circulo! Dai a importância do circulo da vida.

A primeira vez, que na minha aula de Xamanismo ouvi isto, fez-se um pouco de luz.

Não que nunca tivesse ouvido tal expressão, mas sempre me tinha passado um pouco ao lado.

E' como irmos ao bosque em busca de lenha, sem nunca perceber a beleza das árvores.

E' não usar os nossos 6 sentidos a cada momento da vida. E' normal, infelizmente, mas ainda o e'.

Vou usar aqui uma figura de estilo, para tornar a mensagem que quero passar mais fácil de ser entendida.

Vou falar no Ser Maior, como se ele morasse no Santuário De Fátima.

Pois lembro-me de aqui falar dessa minha sensação de estar a ir a Fátima a pe'.

Quando iniciei a minha caminhada ao encontro do Ser Maior, estava longe de perceber que na verdade estava a ir ao encontro de mim mesma. E que so' me poderia encontrar com o Ser Maior, quando me encontrasse a mim mesma. Nesse mágico momento, as portas abrem-se e podemos assim ter acesso a uma informação que ainda apenas e' divulgado a uma minoria da população. Aos corajosos e aos audazes. Aos que se permitem primeiramente serem imperfeitos, mas que aprendem depois que afinal, sempre foram perfeitos.

So' se pensa em peregrinar ao Santuário de Fátima, quando se esta' numa espécie de caos ou se quer agradecer algo, cuja as palavras ficariam sempre aquém do que se pretende agradecer.

Noutras palavras, ou vamos porque ja' estamos gratos; ou porque queremos receber alguma espécie de graça. Resumidamente: ou ja' temos; ou queremos ter algo.

Iniciei o meu caminho sem saber por onde ir. Sem ninguém com quem ir ou que me ajudasse a la' chegar. Este caminho e' um caminho que segui através da intuição pura. Muito solitário, mas por isso mesmo, muito pessoal.

A determinada altura, comecei a acelerar o passo e cheguei mesmo a correr, já numa recta final, em que tudo me indicava que estava perto, muito perto.

Pelo caminho que escolhi fazer, magoei-me. Tive pessoas que me ajudaram a la' chegar, mesmo sem terem a noção da sua importância, na minha caminhada.

Conheci pessoas curadoras, que me ajudaram a tratar muitas feridas. Umas que ja' trazia outras que fui fazendo. Conheci pessoas de fe' e pessoas de Luz. Todas elas foram importantes. Sem alguma delas, o meu caminho não teria sido o mesmo.

Quando cheguei ao destino que eu escolhi, pulei de alegria. Fiquei eufórica e auto-gloriei-me, como uma criança que acaba de concretizar um feito. Demorei uns 7 meses a atingir o '' Santuário de Fátima ''. Ou seja, a chegar ao fundo de mim. E a aceitar-me com todos os meus defeitos e qualidades. Tinha percebido como atingir a Felicidade que todos procuram. Mas ainda era uma novata e ainda tinha tanto para aprender. Como ainda hoje reconheço que tenho. A diferença e' que na altura, achei que ja' sabia tudo, ou praticamente tudo. Essa ideia parva, surge de ter chegado onde sempre quis, mas duvidar que conseguisse chegar. De mim própria portanto. Descobri depois, que quando o querer e' maior que a duvida, o querer vence. O mais forte sempre vence.

Ainda que tenha tido ajudas, como todos os outros que chegam la', a verdade e' que cheguei. E isso ja' ninguém me tira, porque de certa forma, todos que la' chegam, são ajudados, também.

Depois vem outra fase. A fase da inspiração. Aquela em que inspirei outros a quererem percorrer o mesmo caminho que eu percorri.

Ainda nesta fase, reparei que primeiramente queria que todos percorressem o mesmo caminho que eu, não aceitando muito bem a existência de caminhos alternativos, por puro medo, que não existissem outros. Falta de conhecimento. Falta de fe'. Mas isto foi algo que aconteceu e ultrapassei muito rapidamente, mas dolorosamente. Uma vez que o preço a pagar foi ter de aceitar que Amigos que eu achava que ia inspirar, optaram por percorrer outros caminhos para la' chegar. E confesso que na altura custou, mas valeu a pena. Essa lição ensinou-me sobre a conformidade das opções dos outros e a aceitação delas, sem que isso influenciasse no meu amor por elas. No inicio, ainda tentei distanciar-me de algumas amigas e amigos, mas logo percebi que era um mecanismo inerte a minha vontade de levar outros a chegar onde cheguei, em tão pouco tempo. Aprendi assim outro significado importante. O da palavra respeito. E respeitar o outro e' deixa-lo ser capaz de la' chegar por seu próprio pe'. Aprendi a servir de guia, ajudando aqueles que iam solicitando a minha ajuda. Aprendi o sentido da frase '' todos os caminhos vão dar a Fa'tima''. Porque percebi que vão mesmo. E como.

Quando me encontrei segura de mim e ja' descansada da Viagem, a Gratidão veio naturalmente. Já tinham passado 14 meses, desde o começo da viagem, quando conheci a Rendição. Esta permitiu-me sentir o verdadeiro significado da palavra Vida. Permitiu-me valorizar tudo aquilo que sempre tive e para o qual nunca olhei, nunca valorizei. Senti o significado profundo deste Presente que e' a Vida e valorizar cada vez mais cada pequena coisa na minha vida. Coisas como: sentir o vento na cara, a agua fria do mar, a chuva no corpo, a areia (molhada ou seca) em contacto com a minha pele, o som das ondas, o cantar dos pássaros, o olhar o céu, ver o verde da relva, o castanho da terra. Em suma, o milagre da vida que rodeia a minha própria vida. Percebi a minha sorte. No privilégio e no orgulho em mim própria de ter chegado ate' aqui e ter aprendido a valorizar tudo o que tenho, desta forma mágica de ver e viver a Vida.

Sem aviso, de que me lembre, chegou a fase seguinte. Aquela em que encontrei, então, a minha zona de conforto, mas que num ápice, fui posta a prova. Senti que me foi dada uma missão de vida. E agora sim, percebo o que e' isso de missão de vida.

Comecei a minha Viagem a pensar descobrir o que o Universo, o Ser Maior, tinha para me dar; regressei dela, com a descoberta de que afinal era Eu tinha que dar ao Universo, ao Ser Maior.

A minha missão e'-me agora muito clara.

Passo a passo fui-me então distanciando fisicamente do '' Santuário de Fátima '', mas, mais perto do que nunca, do Ser Maior. A cada dia que passa, afasto-me, da minha zona de conforto, para me ver a arriscar, e nadar contra a corrente. Sabendo que tudo vai correr bem, ainda que não tenha nada que me garanta isso, a não ser a certeza do que Sinto.

A minha missão e' espalhar a semente que trouxe comigo - o Amor.

Sei que a minha missão e' ajudar outros a encontrar o Ser Maior, através do caminho que eu percorri. Serei tratadora das suas feridas, serei a guia e a motivadora dos que assim precisarem. Não estou minimamente preocupada como e quando e' que eles virão, porque a verdade e' que eles ja' começaram a vir. E se o Ser Maior me incumbiu de tal tarefa, e' porque eu posso cumpri-la.

Pelo que me vou apercebendo, todos os que partem sozinhos e chegam pelo seu pe' ao Ser Maior; regressam com missões de Vida em tudo semelhantes. Inspirar os demais.

Com Amor,

Carla Gomes

 

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